sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Quem dera fosse normal...

Quem dera fosse mais uma noite normal naquela taverna. Estava tudo em perfeita desarmonia, assim como aquela cidade era. Foi quando aquele maldito vice-regente entrou no local que começou a bagunça. Ele começou a falar algo sobre o reino em perigo; Redundante falar aquilo. Todos nós sabíamos das condições financeiras precárias que tínhamos. Dava até desgosto roubar alguns bolsos por lá. Além disso, enfrentávamos um problema bem maior. Por perto da nossa vila tinha um acampamento de Kobolds e a coisa começou a ficar séria quando mortos-vivos - Sim! mortos-vivos - começaram a atacar junto desses malditos primos dos dragões. Pobres dragões. De qualquer maneira, algo havia me interessado ali. O vice-regente havia nos dito que havia uma recompensa para quem tirasse os kobolds fora do mapa. Era uma boa idéia até. Minha mãe já me dizia que se quer alguma coisa, faça por si mesmo. 

Ele pediu para que os aventureiros mas bravos estendessem sua mão ao ar e foi o que fiz, claro, pedindo duas peças de ouro a mais. Como eu previ, o vice-regente não batia muito bem da cabeça... ele queria que eu acertasse uma maçã na cabeça de um bardo. Até eu mesmo sabia que aquilo não ia dar certo. E, também, matar bardos não era uma boa idéia. Aceitei dez peças de ouro. 

Eu não me lembro muito bem quem estava comigo no primeiro momento, mas com certeza posso descrever quem está comigo no grupo agora. Sei que parece estranho, mas... há um tipo de vaca no nosso grupo. Sim! Um mino... mino-alguma-coisa. Eu ouvi histórias de um velho uma vez que dizia que esses "caras" viviam na floresta. Só não sabia que eram tão grandes. E tão burros. São fáceis de lidar. E a força bruta do bruta-montes é bem útil para nós. Pelo menos dá pra se esconder atrás dele numa saraivada de flechas...

Uma coisa que realmente me tira do sério são esses caras que te empurram a religião quando você precisa de algo. É, tem um tipo de padre guerreiro no nosso... "bando". O cara aparenta ser durão, mas... ele é péssimo na espada. Céus, um desses no meio da cidade iria sair pelado. Pelo menos agora eu acredito em magia. Eu vi machucados transformarem em cicatrizes num piscar de olhos. 

E, como sempre, eu me deparo com um anão na minha vida. Um não, dois desta vez. Há uma halfling no nosso grupo, eu já vi ela por aí na cidade, roubando alguns bolsos e ganhando alguns no choro. Ela é boa, mas acho que poderia explorar mais a sua adaga. Bem, o outro pequeno é um barbudo que mal aguenta uma caneca de vinho. Ainda assim, o cara é bom na magia. Consegui sntir de longe o cheiro de queimado dos kobolds de suas mãos. O grupo parecer ser promissor. Só não sei se eu devo ficar ali por muito tempo...